Muitas reflexões têm surgido sobre as dificuldades na operacionalização no processo de aprendizagem com o ensino on-line, o impacto dessas ações na escola e em que medida a educação pode avançar com a aprendizagem mediada pelas tecnologias.
A escalada da Covid-19 é infelizmente uma realidade e, como em vários setores, a educação também foi impactada.
A pauta do momento no contexto da educação está sendo a capacidade dos educadores, gestores, pais e estudantes de entenderem que a crise atual tem revelado muitas contradições no processo de aprendizagem e a evidente necessidade de mudança do papel do professor, da gestão educacional e, sobretudo, do estudante.
Muito tem se discutido sobre as dificuldades do ensino on-line e a garantia de uma educação de qualidade nesse contexto.
O fato é que há uma grande insatisfação por parte dos professores e dos estudantes com as atividades pedagógicas não presenciais, e que a grande maioria entende o espaço da sala de aula presencial como um adequado ambiente capaz de garantir uma aprendizagem plena, ao passo que o ensino remoto é entendido como um espaço precário, frágil e provisório.
Apesar das inúmeras fragilidades e contradições que a crise tem proporcionado na educação, a certeza que temos é da necessidade de reagirmos positivamente para aprendermos de múltiplas formas.
E reagir positivamente tem relação direta com a saúde mental, com o desenvolvimento de habilidades necessárias para se reinventar e impulsionar para novos caminhos e outras possibilidades.
Então, o que podemos fazer durante essa pandemia para mitigar as nossas perdas e fragilidades? Afinal, assim como todas as outras, essa crise também vai passar. É necessário respeitar o seu ritmo, acolhendo seus sentimentos, utilizar ferramentas de capacitação e ter um plano de ação para agir de forma coordenada.
E para atravessar por esse momento complicado, de dúvidas e incertezas, o investimento em ações de aprendizagem que auxiliem a construção de objetivos bem estruturados e o investimento em seu projeto de vida coerente com suas competências farão toda diferença.
Mas além disso, algo que tem se tornado essencial nesse período e tem demonstrado resultados muito relevantes, por inúmeros especialistas, é o investimento em seu autodesenvolvimento.
A pergunta é: o que é autodesenvolvimento?
O autodesenvolvimento tornou-se uma das mais importantes competências para o século XXI, pois quanto mais as pessoas estiverem conscientes e focadas em seu autodesenvolvimento, serão capazes de responder rapidamente a mudanças tão aceleradas, adaptar-se à nova realidade tecnológica, e superarem os desafios.
Quem investe no seu autodesenvolvimento, consegue analisar as exigências e as demandas da sua vida e pode ter maiores possibilidades de realização, de encontrar alternativas adequadas ao seu perfil e adaptar-se mais facilmente às mudanças.
É uma questão estratégica em nossa vida, ou seja, o nosso autodesenvolvimento tem de estar alinhado com as nossas expectativas e perspectivas de vida, com os nossos valores e com o significado que damos às nossas ações em nossa vida.
O autodesenvolvimento é um processo vitalício. É uma forma de as pessoas avaliarem suas habilidades e qualidades, considerarem seus objetivos na vida e estabelecerem metas a fim de realizar e maximizar seu potencial. É a capacidade de aprender a se desenvolver constantemente, mantendo-se mentalmente ativo; aprender a mudar, ser flexível e quando mudar.
É, portanto, um processo integral que engloba inúmeros aspectos.
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