A pandemia fez o mundo parar.
O Brasil e o mundo estão de fato vivendo um momento absolutamente dramático, sem precedentes.
É uma situação que tem afetado todos os segmentos da sociedade, e a educação sofre as consequências diretas desse isolamento.
O momento é de muitas fragilidades para o processo de ensino-aprendizagem, mas também está sendo propício ao processo de transformação, reflexões, rupturas, amadurecimento e o repensar de um novo olhar para a educação.
A crise atual pode deixar um legado para a estruturação de um sistema educacional com o qual sempre sonhamos, mas não acreditávamos ser possível construí-lo.
Estamos presenciando instituições de ensino comprometidas com os seus gestores, professores, educadores, estudantes e com a família em experimentar novas práticas, aprender outras metodologias, inovar continuamente, colaborar entre pares, priorizar equidade, qualidade, aprendizagem e respeitar as realidades e potencialidades locais.
A escola está se reinventando, ressignificando-se, aproximando-se das famílias, das comunidades, num processo de aprender a aprender, de buscas de alternativas de aprendizagem viáveis e saudáveis, priorizando os aspectos socioemocionais, a criatividade, a aprendizagem significativa, o desenvolvimento das habilidades interpessoais e intrapessoais, sobretudo, a empatia.
Estamos vivendo um mundo incerto, complexo e ambíguo.
As instituições de ensino, sobretudo o educador, têm que ter a capacidade de entender que no século XXI o conhecimento mudou o seu patamar.
Resolver questões de equidade, qualidade e de financiamento são essenciais para pensar em prosseguir na educação e nas perspectivas de políticas públicas.
O estado de espírito no cenário da sociedade em tempos de pandemia é de um sentimento de solidariedade, empatia, repensar da dinâmica de vida, do olhar para as questões de inclusão social, da necessidade de redução das desigualdades sociais e, por outro lado, é também um estado de espírito de muito sofrimento, de despreparo, de fragilidades e incertezas, de tentativa de reação e de encontrar soluções imediatas, da necessidade do uso das tecnologias e da imediata inserção da escola no mundo digital.
Dessa forma, é perceptível que a pandemia tem nos revelado um conjunto de problemas e a necessidade de rever concepções e práticas.
Assim, fica cada vez mais nítida a necessidade de transformação da educação e a aceleração do processo de mudanças já esperadas na educação.
Importante acreditar que é possível sonhar com uma NOVA educação!
Imagem: Foto de Julia M Cameron no Pexels