As escolas devem ser centros de progresso da ciência.
Esse é o ideal almejado por um país progressista.
Fundamentada nessa concepção, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) prevê em sua Competência Geral 2 que os alunos explorem o seu pensamento científico, crítico e criativo.
A Competência 2 é assim descrita: “Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas”.
Pensamento Científico
O método científico é o principal objetivo dessa competência. Ele consiste em:
- Formular uma hipótese a partir de observações;
- Experimentação;
- Interpretar os dados;
- Chegar a uma conclusão.
É justamente esse pensamento científico que a BNCC procura imbuir nos alunos, que são encorajados a questionar, usar a lógica e pesquisar para compreender o mundo.
Além disso, eles são estimulados a argumentar com base em dados concretos e compartilhar as suas descobertas na comunidade.
A tecnologia surge como um dos principais instrumentos desse pensamento.
Entretanto, é essencial ressaltar que a utilização da tecnologia na educação, embora importante, não basta para que essa competência seja exercida plenamente.
Os alunos precisam dominar as linguagens das tecnologias digitais e estarem aptos inclusive a questionar o seu funcionamento, como veremos agora.
Pensamento Crítico
Seguindo a linha pedagógica da BNCC que rejeita o modelo de “aluno passivo”, a Competência 2 indica que os estudantes não devem simplesmente absorver uma informação.
Eles devem apreender o seu sentido com pensamento crítico e saber contextualizá-la, raciocinando por conta própria.
A BNCC sugere também que eles utilizem o pensamento crítico para transformar positivamente o mundo produtivo e o meio ambiente.
Enfim, colaborar para a construção de uma sociedade mais justa.
Pensamento Criativo
Um aluno inerte no processo de aprendizagem não é mais desejado.
Contrariamente, a Competência 2 busca valorizar o pensamento criativo que propõe, imagina e oferece soluções a situações-problema.
A curiosidade intelectual é outra característica almejada.
Não basta aprender – é preciso saber os aspectos de um fenômeno, verificar possíveis contradições e refletir sobre novas maneiras de abordá-lo.
Em um mundo de constantes transformações, os alunos precisam encarar os desafios com inovação e pensamento criativo para se adaptarem ao surgimento e desaparecimento frequentes de tecnologias.
Como aplicar em sala de aula
Em suma, embora essa competência influencie toda a BNCC, as disciplinas que melhor dialogam com ela são as Ciências da Natureza (BNCC, pp. 38, 324, 553).
Selecionamos uma dica para você: uma excelente maneira de aplicá-la é utilizar a robótica (veja mais aqui na Professus 21.)
Caso a sua escola possua um laboratório adequado, você pode orientar os alunos a programar e construir protótipos.
Assim, eles trabalharão o pensamento científico, crítico e criativo para solucionar desafios.
Equipe Professus21
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